sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Labigó no Plenário

Pra ser vereador
não é preciso ser intelectual,
ser professor;
mas convenhamos
um vereador tem que saber ler.
Tem que saber escrever.
Um vereador tem que saber se comunicar,
um vereador tem que saber falar
se não, não pode legislar.
Um vereador desse
pode nos representar?
Se só sabe balançar a cabeça
sim e sim, não e não
igual a uma labigó na cerca.
Quando usa a tribuna
a gramática sofre
apanha que dá dó.
Um visitante amigo nosso de outro estado
nos pergunta: Quem é esse abestado,
quem teve a coragem de votar nesse coitado?
Quando esse quadrúpede,
sair pra representar o município
e o seu eleitorado
vai ser um Deus nos acuda.
Tem que tomar o microfone
se não ele é quem trai o Judas
é um pateta.
Tem que haver debate para vereador
sim sinhô
discutir o município,
discutir as prioridades.
Precisamos de competência.
E não a  Labigocidade.
Não aos incautos que compram os titulos de autoridade
e não sabem nem se sentar
parecem jecas que nunca foram matriculados.
O debate é nescessario.
Como um analfabeto vai fazer leis?
Com todo o respeito e sem a hipocrisia de vocês
ele nem sabe se quem compra
é fiador ou é freguês.
O rádio é a "rádia"
o microfone é "nicrofone".
Vereador de fim de mês,
de salário conto de reis
o debate é pra mim e pra vocês
se não ta tudo aprovado
ta tudo fiscalizado
e a labigó balança
pra onde aponta o rabo.
Sim sinhô incelência
ta tudo matutado
e aí xodó
tu votou num labigó?
Arigó.

De: Chico Arara

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